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CNTA pede ao governo linha de crédito especial para caminhoneiros autônomos na compra de caminhões
Pedido veio após o fim da MP dos descontos para troca de caminhão
A Medida Provisória (MP) 1175, que concedia descontos para a troca de caminhões velhos por novos, perdeu a validade na terça-feira (03/10). Toda MP precisa ser votada no Congresso Nacional em até 120 dias para virar lei, o que não ocorreu desta vez. Assim, a MP dos descontos “caducou” e não vale daqui pra frente. Diante disso, a CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos) se reuniu com o Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC) em Brasília. A reunião foi agendada pelo gabinete do deputado federal Zé Trovão a pedido da CNTA.
Linha de crédito
A CNTA levou à diretora de Desenvolvimento da Indústria do MDIC, Margarete Gandini, o pedido para criação de linha de crédito especial para os caminhoneiros autônomos. A confederação solicitou que a forma de financiamento diferenciada seja válida também para a compra de caminhões seminovos, de até 10 anos. Esses dois pedidos foram fetos por inúmeros caminhoneiros à CNTA quando a MP começou a valer, em junho. A CNTA já tinha conseguido emendas para alterar a MP nesse sentido, mas não houve votação no Congresso.
MDIC
Margarete Gandini lamentou o fim da MP dos descontos e disse que o MDIC ainda irá definir como dará sequência à proposta de renovação de frota. Sobre os pedidos apresentados pela CNTA, a diretora concordou e disse que há um grande esforço do ministro da pasta, o vice-presidente Geraldo Alckmin, para atender os caminhoneiros. Em agosto, Alckmin anunciou que está em desenvolvimento junto ao BNDES uma linha de financiamento de R$ 1 bilhão, atrelada à taxa Selic, para aquisição de caminhões novos – anúncio que motivou reunião da CNTA com o BNDES no mês passado.
Dados
Os descontos propostos pela MP 1175 ficaram longe do esperado pelos autônomos. Tanto é que, segundo o MDIC, só foram utilizados aproximadamente 30% dos créditos disponíveis para a troca de caminhões – e a maior parte pelas transportadoras. Além disso, dados repassados pelo BNDES a pedido da CNTA mostram que de janeiro de 2021 até agosto deste ano, foram realizadas somente 366 operações de crédito entre o banco e caminhoneiros (pessoa física), enquanto as empresas de transporte realizaram mais de 40 mil operações no período.
Fonte: CNTA