Pesquisa da CNTA revela condições de trabalho das caminhoneiras

Por Fetrabens | 11 de setembro de 2023

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Pesquisa inédita da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) avaliou as condições de trabalho das mulheres que atuam como caminhoneiras no país. 

 

A pesquisa intitulada “Realidade e desafios das caminhoneiras nas estradas” objetivou traçar um panorama da situação das mulheres na profissão, abordando questões de infraestrutura, do mercado de trabalho e segurança. 

 

As informações colhidas irão direcionar a atuação da CNTA em busca de melhorias aos pontos de maior fragilidade identificados pela pesquisa.

 

A pesquisa

 

Aplicada de forma virtual entre os dias 25 de agosto e 3 de setembro, a pesquisa contou com a participação de 72 caminhoneiras.

 

Segundo o estudo, a maior parte das entrevistadas (34,7%) possui idade entre 31 e 40 anos e estão há menos de 5 anos na profissão (43,1%). Esses dados demonstram que são mulheres que possivelmente ingressaram na profissão mais tarde ou após uma mudança de carreira, sendo que 69,6% delas optaram pelas estradas pelo amor à profissão. Além disso, 72,2% das entrevistadas trabalham com carteira assinada.

 

Segurança


A pesquisa também pediu para as entrevistadas avaliarem sua sensação de segurança nas estradas em uma escala de 1 a 5, sendo que a opção 1 representava o menor grau de segurança. 48,6% das caminhoneiras indicaram os graus 1 e 2 para representar sua insegurança na profissão.

 

Também 48,6% das profissionais avaliaram como péssimo ou ruim as condições de segurança dos pontos de parada e descanso e dos postos de combustíveis.

 

Quanto ao roubo ou furto de cargas, 81,9% das entrevistas apontaram que nunca foram vítimas desses crimes. Quanto ao assédio sexual, apenas 22,2% das caminhoneiras indicaram nunca terem sido vítimas.

 

Mercado de trabalho


Apenas 11,1% das entrevistadas relaram nunca terem sofrido preconceito com a profissão, enquanto 87,5% apontam que frequentemente ou às vezes têm sua capacidade subestimada pelo fato de serem mulheres. 

 

Em relação ao assédio moral, 45,8% relataram terem sido vítimas algumas vezes e 70,8% das mulheres entrevistadas indicam que nunca receberem menos que um colega homem praticando o mesmo trabalho.

 

Estrutura


A estrutura inadequada para o público feminino é um ponto crucial pelas profissionais, tendo sido o item mais relatado pelas entrevistadas no espaço aberto da pesquisa.

 

Na avaliação de 70,8% das caminhoneiras participantes, a quantidade de banheiros femininos nos PPDs e postos de combustíveis é considerada péssima ou ruim.

 

Quanto à limpeza dos banheiros, 68,1% também avaliam como péssima ou ruim. Já 41,7% das entrevistaram consideram regular as opções de hospedagem disponíveis.

 

Soluções


A CNTA também apresentou possíveis ideias para reforçar a sensação de segurança das caminhoneiras nas estradas e pediu a avaliação das caminhoneiras em uma escala de 1 a 5, sendo a opção 5 a representação de uma ideia excelente.

 

Já 61,1% consideraram nota 5 a ideia de ter vagas exclusivas para mulheres nos PPDs e 73,6% também atribuíram 5 para a instalação de câmeras nas portas de acesso ao banheiro feminino.



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