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Nova mistura de biodiesel deve impactar litro do diesel em R$ 0,35
O aumento do percentual de mistura de biodiesel no óleo diesel de 12% para 14%, decidido nesta 3ª feira (19.dez.2023) pelo CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), deve aumentar o preço do combustível nas bombas em R$ 0,35.
O cálculo foi feito pelo IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás), entidade que representa as principais distribuidoras de combustíveis do país. O setor, assim como o de transportes, tem mostrado preocupação com os reflexos da medida.
A nova mistura do diesel começará a valer em março de 2024. Para 2025, o percentual chegará a 15%. Trata-se de uma aceleração do cronograma aprovado em março de 2023, que estabelecia o aumento a implementação da mistura de 15% só em 2026. Além do novo índice de mistura, o Conselho também determinou a suspensão das importações do biocombustível.
O IBP afirma que, atualmente, o preço do biodiesel está 18% acima do preço do diesel, por isso o aumento de R$ 0,35 por litro. Esse valor poderá mudar até março. Para o instituto, com as duas medidas anunciadas, o impacto ao consumidor tende a ser ainda maior.
“Como a logística de distribuição do biodiesel é mais complicada, e pode haver um aumento de preço pelo aumento da demanda compulsória, podemos esperar um aumento maior, que vai coincidir com o aumento do PIS/Cofins em janeiro e do ICMS em março”, afirma o instituto.
A principal crítica do setor de combustíveis é a falta de previsibilidade e da clareza das regras. O IBP afirma que seria necessário mais tempo para implementação do novo teor, uma vez que as empresas precisam, dentre outros pontos, fazer renegociações com fornecedores de biodiesel e de diesel, contratar toda a logística de coleta de biodiesel e adequar a operação nas bases de venda.
“A previsibilidade e a estabilidade regulatória são fatores preponderantes para que os agentes se organizem de forma eficiente e cumpram o seu papel no abastecimento nacional, sem ônus para sociedade, assim como são fundamentais para segurança dos necessários investimentos com vistas a um futuro mais sustentável e resiliente”, afirma o IBP.
Fonte: Poder 360