Acidentes e mortes nas rodovias federais crescem em 2021 e tem custos de R$ 12 bilhões

Por Fetrabens | 09 de fevereiro de 2022

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O custo demandado para socorrer os acidentes e as respectivas vítimas nas rodovias federais do País cresceu 1,6% em 2021, se comparado a 2020. O total de sinistros passou de 63.447 para 64.452 ocorrências, de acordo com o Painel CNT de Consultas Dinâmicas dos Acidentes Rodoviários, divulgado nessa terça-feira (8) pela Confederação Nacional do Transporte (CNT).

 

Segundo o relatório, o aumento em relação às mortes foi de 2,0%, passando de 5.287 óbitos na malha federal, em 2020, para 5.391, no ano passado. Esses dados constam no levantamento, referentes aos sinistros registrados entre 2007 e 2021.

 

O documento permite fazer pesquisas interativas e recortes, nacional e por estado, que permitem conhecer a realidade das ocorrências nas BRs. O resultado é fruto do levantamento realizado pela CNT, com dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

 

Custo elevado

 

O custo anual estimado dos sinistros registrados nas estradas federais chegou a R$ 12,19 bilhões. Esse montante é superior ao valor total efetivamente investido pela União em rodovias em 2021 (R$ 5,76 bilhões).

 

Segundo os dados gerais do Painel CNT de Acidentes de 2021, o tipo mais frequente de sinistros com vítimas é a colisão (60,2%), responsável por 61,3% das mortes. Os homens são os que mais morrem nas estradas (82,2%) e, predominantemente, acontece de sexta-feira a domingo.

 

Em relação ao ranking de sinistros na malha federal, a rodovia BR-101 é que registra o maior número de ocorrências com vítimas, 9.257. Na sequência vem a BR-116. Ambas são consideradas as estradas mais extensas do país. Em termos de sinistros proporcionais à extensão das rodovias, as mais críticas são a BR-381 e a BR-465, respectivamente com 2.940 e 100 ocorrências.

 

Redução de investimentos

 

Com o objetivo de reduzir os sinistros nas rodovias, há o Fundo Nacional de Segurança e Educação de Trânsito (Funset), que oferece recursos para aumentar a segurança e a educação de trânsito.

 

Entretanto, entre 2005 e 2021, dos R$ 11,68 bilhões autorizados para ações e programas que contam com recursos do Fundo, apenas R$ 2,30 bilhões foram utilizados no período, ou seja, 19,7%.

 

Segundo a CNT, o Painel tem como propósito chamar a atenção do transportador para o cenário nacional. Ao saber quais são as rodovias onde ocorre o maior número de sinistros e mortes e os tipos de ocorrências mais frequentes, os usuários podem se programar melhor para adotar medidas preventivas de segurança.

 

Iniciativa do SOS Estradas

 

Em novembro do ano passado, o movimento SOS Estradas, a ONG TRÂNSITO AMIGO e outros parceiros importantes centraram suas iniciativas nas estradas e rodovias do país.

 

Além da divulgação nas mídias sociais e depoimentos de vítimas e de policiais, que atenderam tragédias rodoviárias com familiares mortos, várias ações estão previstas nas rodovias e inclusive em área urbana. Principalmente sob o comando das polícias militares, bombeiros e polícias rodoviárias.

 

A iniciativa reforçou a celebração do Dia Mundial em Memória das Vítimas do Trânsito no Brasil, comemorado desde o ano de 2007, por iniciativa dessas entidades. Desde então, de forma itinerante pelas principais capitais do país, eventos foram organizados.

 

ONU

 

O terceiro domingo do mês de novembro foi escolhido pela ONU, em 2005, como a data dedicada a celebrar a memórias das incontáveis vítimas da violência do trânsito de todo o mundo, que incluem também parentes e amigos que não aparecem nas estatísticas.

 

Os números de vítimas da violência do asfalto em todo o mundo são reveladores: 1,3 milhão de mortos anuais, em média, e cerca de 50 milhões de feridos, dentre os quais muitos com incapacidades permanentes ou deficiências graves para o resto da vida. No Brasil, foram quase 400 mil mortos e mais de 3 milhões de feridos, nos últimos dez anos.

 

O Brasil está assumindo, pela segunda vez, como signatário da ONU que é, o compromisso de reduzir as lesões e mortes no trânsito em 50% até o ano de 2030.

Fonte: Estradas



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