Caminhões e ônibus são responsáveis por metade das mortes nas BRs

Por Fetrabens | 09 de junho de 2022

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Os veículos pesados são 5% da frota, mas são responsáveis, direta ou indiretamente, por 47% das mortes nas rodovias federais. Os dados, do Anuário Estatístico da Polícia Rodoviária Federal, assustam. Alysson Coimbra, diretor científico da Associação Mineira de Medicina do Tráfego (Ammetra), ressalta que eles revelam uma grande urgência em se investir em políticas públicas voltadas a esses motoristas profissionais.

 

O transporte rodoviário, por sinal, está entre as cinco atividades com maior número de mortes por acidente de trabalho no Brasil. “Os motoristas rodoviários se submetem a graves riscos e infortúnios em virtude da natureza do trabalho e das particularidades das suas condições de trabalho: jornadas exaustivas, baixa remuneração, precarização da saúde física e mental, insalubridade e insegurança”, comenta Coimbra.

 

E ainda tem alguns poréns como os custos fixos e variáveis da atividade. Nos últimos 12 meses, só o diesel teve aumento de 49%, enquanto o valor do frete permaneceu estagnado. “Essa desproporcionalidade entre despesa e receita é apenas o início de um círculo vicioso”, diz o diretor da Ammetra.
 

“Ele envolve o descumprimento de recomendações e legislações, como os períodos de pausas estabelecidos pela lei do descanso”, conta ele. Sem falar no excesso de velocidade, uso de substâncias psicoativas para cumprir os prazos e ainda buscar alguma bonificação pela entrega do frete em prazo mais curto.

 

Segundo os dados da PRF, nos acidentes com pessoas que estavam dentro dos caminhões (condutores e caronas), 5.218 tiveram ferimentos leves e 1.616, graves. E 853 morreram.

 

Levando-se em conta os acidentes com caminhões, sendo que as vítimas não estavam nele, foram 12.628 feridos leves, 4.770 graves e impressionantes 2.521 mortes (ocupantes de outros veículos, ciclistas, pedestres, etc.).

 

As estradas federais de Minas Gerais são as recordistas em acidentes: foram 8.308 ocorrências em 2021. Em seguida, vêm Santa Catarina, com 7.882 e Paraná, com 7.330. Minas Gerais também ocupa o primeiro lugar, em 2021, no número de pessoas feridas e mortas.

 

A íntegra do Anuário Estatístico da PRF pode ser consultada em https://bit.ly/3O6j5wQ.

 

Fonte: Metrópoles



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