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Defasagem do frete no Brasil chega a 18,7%
A defasagem do valor do frete para transportes rodoviários de cargas no Brasil fechou o primeiro semestre de 2021 em 18,7%, alta de quase 5 pontos percentuais em relação ao final do ano passado. A defasagem aumentou em função da inflação, especialmente pelo preço do combustível.
Essa é a conclusão do DECOPE (Departamento de Custos Operacionais e Pesquisas Técnicas e Econômicas), da NTC&Logística, divulgada na quinta-feira (05/08).
O comportamento do frete reflete esse cenário, apontando para um reajuste médio de apenas 1,3% no primeiro semestre, conforme a pesquisa da associação.
Em comparação com a sondagem anterior:
- 35% das companhias disseram esperar que o valor do frete melhore no futuro, contra 31% ao final do ano passado.
- As expectativas de piora no frete passaram de 20% em dezembro de 2020 para 30% atualmente.
- 35% das companhias acreditam que o índice se manterá estável, versus 49% na sondagem anterior.
O levantamento mostrou que o preço do combustível - que em um caminhão bitrem nove eixos, por exemplo, representa 50% do custo total de operação - apurou alta de 41,24% em 12 meses, dando impulso aos índices de custos medidos pela associação.
De acordo com a NTC&Logística, o Índice Nacional do Custo de Transporte de Carga (INCT) para as cargas fracionadas, que contêm pequenos volumes, teve alta de 22,32% no período, maior patamar em 26 anos, enquanto o INCT para cargas lotação - que ocupam toda a capacidade do veículo - avançou 24,98%, maior variação em 12 meses desde sua criação, em 2003.
Além dos combustíveis, a entidade destacou que os outros dois principais insumos do setor também tiveram alta significativa na comparação anual: o preço dos veículos subiu em média 22% e o custo com mão-de-obra avançou 8%.
Juntas, as três categorias representam 90% dos custos operacionais no transporte rodoviário de cargas.