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Ecorodovias anuncia cobrança ‘free flow’ no interior de SP a partir do segundo semestre
A Ecorodovias deverá iniciar no início do segundo semestre a cobrança de pedágio por meio de “free flow” no interior paulista, em um trecho da concessão da EcoNoroeste, conquistada em 2022 pela empresa. O primeiro trecho a adotar o sistema tem cerca de 70 km, entre as cidades de Itápolis e Jaboticabal.
O novo modelo de cobrança, que dispensa praças de pedágio, prevê o pagamento automático do pedágio por meio de pórticos que leem as placas dos veículos e identificam o valor a ser cobrado de acordo com a distância percorrida.
O contrato da EcoNoroeste com o governo paulista prevê a implantação do “free flow” em toda sua extensão — ao todo, a concessão tem 600 km de estradas, que interligam cidades como São José do Rio Preto, Araraquara, São Carlos e Barretos. A companhia teria até 2025 para substituir as duas primeiras praças de pedágio, mas decidiu antecipar a troca para este ano. A ideia é trocar todas as praças pelo novo sistema, em um processo gradual que deverá durar até o sétimo ano da concessão — como as rodovias já eram concessionadas antes, com as antigas operações da Tebe e da Triângulo do Sol, o lote já tinha pedágio instalado em toda sua extensão.
A concessão será a primeira a adotar o “free flow” entre as rodovias paulistas. O modelo já está funcionando em outras concessões, como a CCR RioSP, na BR-101 no Rio de Janeiro e na Concessionária Caminhos da Serra, em estradas estaduais do Rio Grande do Sul. A própria Ecorodovias já iniciou em 2022 testes para a implementação do sistema na Ecopistas (que administra as rodovias Ayrton Senna e Carvalho Pinto, em São Paulo), por meio da instalação de um pórtico, porém, trata-se de um piloto, ainda sem cobrança de tarifa.
O sistema tem avançado no país e já se tornou quase um padrão para novas concessões rodoviárias. Em São Paulo, um dos planos já anunciados pelo governo estadual é implementar “free flow” em todo o Estado, inclusive, em um segundo momento, nas concessões já vigentes.
O principal desafio do novo modelo é comunicar os motoristas sobre a cobrança e alcançar esses usuários, principalmente aqueles que não usam “tags” (dispositivos eletrônicos acoplados aos veículos, que fazem a cobrança automática) em seus carros. Para aqueles que já têm os “tags” a cobrança é feita pela operadora dos dispositivos, mas para os demais, é preciso que os usuários façam o pagamento, em até 15 dias, nos canais disponibilizados pela concessionária.
Fonte: Valor Econômico